(Poesia de Nilton Marchesini)
Dona Lazinha, estou indo ao mercado agora,
Posso trazer alguma coisa prá senhora?
Não, obrigada. E meu nome não é Lazinha, é Loreta. Você sabe bem.
Dona Lazinha, não quer comprar limão?
Não, obrigada.
Nem pimentão?
Não, obrigada. E meu nome não é Lazinha, é Loreta. Você bem sabe.
Dona Lazinha, Não quer comprar tomate?
Não, obrigada.
Nem abacate?
Não, obrigada. E meu nome não é Lazinha, é Loreta. Já não te disse?
Dona Lazinha, Não quer comprar pipoca?
Não, obrigada.
Nem mandioca?
Não, obrigada. E meu nome não é Lazinha, é Loreta. Quantas vezes tenho que te dizer?
Dona Lazinha, Não quer comprar nabo?
Não, obrigada.
Nem quiabo?
Não, obrigada. E meu nome não é Lazinha, é Loreta. Não creio que tenha se esquecido.
Dona Lazinha, não quer comprar abobrinha?
Não, obrigada.
Nem cebolinha?
Não, obrigada. E meu nome não é Lazinha, é Loreta. Tenho que te dizer de novo?
Dona Lazinha, do que a senhora precisa?
Hoje, de nada, obrigada.
Se precisar, me avisa?
Sim, mas meu nome não é Lazinha, é Loreta. Porque você não acerta pelo menos uma vez?
DO-NA LO-RE-TA???
Ah! Agora sim! Mas o que você quer desta vez?
ME DÁ U-MA GOR-JE-TA???
Tudo bem, mas só porque você acertou meu nome.
Hei, garoto? Vai embora sem ao menos dizer “obrigado”?
Ah! É mesmo! Me desculpa pela falha MINHA!
Obrigado pela GOR-JE-TA,
Dona...LA-ZINHA.
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