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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A CIDADE DO AMOR DE DEUS

(Nilton Marchesini)

Em uma ocasiao precedente, preguei sobre a verdade bìblica de que Deus è paz. Mas este nao è o ùnico atributo de Deus. Dentre os seus muitos atributos, Deus é tambem amor. Deus é a pròpria sìntese do amor. É por isto que todos os escritos do NT exigem da igreja que ela manifeste o amor de Deus aos da igreja e aos de fora dela (Jo. 13:34).

Bem, falar sobre o amor de Deus é muito genérico e recorrente. Entao, pensei em apresentar uma perspectiva diversa do amor de Deus. Estamos habituados a ouvir pregaçoes contando sobre o amor de Deus do inìcio ao fim, ou seja, da criaçao ao arrebatamento, passando pela introduçao do pecado, a promessa do resgate em um Salvador, o nascimento de Cristo como cumprimento da promessa, sua morte e ressurreiçao, o arrebatamento e o fim de todas as coisas.

Porém, a palavra que Deus me deu em sonho duas semanas atràs foi de contar sobre o Seu amor iniciando de tras para frente, ou seja, iniciando do mundo futuro até chegar aos nossos dias.

Por isto, a mensagem de hoje pode ser intitulada como:

A CIDADE DO AMOR DE DEUS”
(Ap. 21:1-3, 9-11, 22-27)

Bem, se temos que começar de traz para frente, qual livro teremos de ler?
Mas antes de ler o texto base, preciso fazer uma analogia: Quantos dos que aqui estao (na Italia), quando estavam para deixar o Brasil pela primeira vez, ao abraçarem os pais que ficaram, ou o conjuge, ou os filhos pequenos, nao derramaram nem mesmo uma gota de lagrima? Porque choraram? Qual era o seu desejo naquele momento? Qual foi a sua promessa?

Porque toda aquela tristeza na hora do adeus? Porque as lagrimas? Porque estavamos nos separando de pessoas que amamos. Porque queremos estar sempre perto de quem queremos bem.

A mesma coisa aconteceu com Deus em relaçao a nòs. Ele nos criou por amor. Somos seus filhos amados. Nos rebelamos e saìmos da sua presença. Deus chorou com a nossa separaçao. E fez tudo o que era possìvel para que um dia pudèssemos de novo estar em Sua compania. Ele havia preparado todo este mundo para nos receber. Quando viemos à esta terra, tudo ja estava pronto para nòs, assim como quando um filho nasce e ja està tudo pronto para recebe-lo: o berço, os brinquedos, a roupa, as fraudas, os remedios, etc...

Do mesmo modo, Deus ja preparou tudo para quando formos à sua presença. Um novo lugar. Uma nova cidade. De onde jamais iremos querer sair, pois serà o melhor lugar como jamais temos morado. Um lugar completamente diferente de tudo o que conhecemos. Tao diferente, que nossa mente humana è limitada demais para entende-la. Com caracterìsticas tao diversas que nao existem palavras ou adjetivos que possam descreve-la.

Deus antecipou uma pequena descriçao desse lugar, concedendo a alguns de seus servos uma visao dela. Um desses privilegiados foi o apòstolo Joao.

Novo cèu e nova terra. Quando todo o mal for eliminado para sempre e todos os agentes do mal forem lançados no lago de fogo, depois que a influencia e a obra de satanàs forem totalmente apagadas da existencia, depois do juizo final, depois da derrota da morte, depois de tudo isto, os verdadeiros filhos de Deus, os que aceitaram a Jesus Cristo como ùnico Senhor e Salvador e abandonaram o prazer pelo pecado, a idolatria, a prostituiçao, o roubo, a mentira, o adultério, a homossexualidade, o assassinio, a embrigagues, os vìcios, etc, etc, e que viveram sob a obediencia da Palavra de Deus, serao chamados a morar com Deus nessa nova cidade, chamada na Bìblia de Nova Jerusalem.

Serà um novo começo. Um novo genesis. Um novo ato criador de Deus, o qual fara desaparecer por completo todos os vestìgios da antiga criaçao, seja na terra, que no espaço, e atè nas esferas celestes. Aquele é o lugar que Jesus disse que iria nos preparar (Jo. 14: 1-3)

Ali nao haverà lagrimas, tristeza, dor, litìgio, politicos nem salario minimo. O trono de Deus estarà no meio da praça central da cidade e todos o verao face a face. Deus farà a luz do seu rosto brilhar sobre eles em bençao perpétua e eles reinarao com Cristo pela eternidade.

A descriçao que Joao faz da cidade è plena de simbolismos. Em primeiro lugar porque nao existem palavras humanas que possam descrever sua visao, e por isto ele tem que fazer apenas comparaçoes para se explicar. Em segundo lugar, porque ele esta vivendo uma época em que o império romano manda matar a todos os que se dizem cristaos e que nao praticam o culto ao imperador nem a Roma. O proprio Joao està exilado em uma ilha no momento em que recebe esta visao.

v. 2 – Assim como a igreja, a cidade tambem é comparada com uma noiva. Noiva que foi adornada com a santidade de Deus.
(infelizmente, nao temos tempo para fazer uma comparaçao entre esta cidade, a Nova Jerusalem, a capital do mundo futuro, com a cidade de Roma, a capital do imperio romano, e cidade mais importante daquela época.
Nova Jerusalem: Noiva, pura, virgem, santa.
Roma: Meretriz, poluida, prostituta e pagà).

v.3 – No AT Deus se manifestava ao povo atraves do Tabernàculo. O Tabernàculo era uma tenda, construida segundo determinaçoes do proprio Deus, para ali revelar a sua glòria (Shekinah). Apalavra hebraica Tabernàculo foi a mesma empregada no NT em grego para o verbo “habitar”, de Jo. 1: 14. Em outras palavras, o Cristo prè-encarnado se fez carne e “Tabernaculou” entre nòs, “armou a sua tenda” entre nòs, para nos revelar a glòria do Pai.

Mas na cidade do amor de Deus, o proprio Deus “armarà a sua tenda” entre os salvos. Ou seja, o proprio Deus se manifestarà aos seus filhos, revelando-lhes a sua glòria sem nenhum impedimento ou simblismo, pois entao todos os habitantes daquela cidade ja possuem a mesma natureza fìsica e espiritual do Cristo ressurreto e glorioso.

Um dos nomes de Cristo foi Emanuel, que quer dizer: “Deus conosco”. Mas na cidade do amor de Deus, o pròprio Deus serà o nosso Emanuel.

v. 11 – A glòria de Deus resplandece nessa cidade pois o proprio Deus se faz presente ali. Nao serà somente uma manifestaçao de sua presença. Serà a Sua presença como ele è.

Porque o fulgor? Porque a glòria de Deus é tao intensa que é como se estivéssemos contemplando uma enorme pedra preciosissima e reluzente. A cidade do amor de Deus dever ser apropriada ao seu ser. Ela entra em simbiose com Deus, de maneira que os atributos de santidade, pureza, luz e eternidade de Deus sejam tambem da cidade, assim como serà de cada um dos seus habitantes.

Preciosissima – A grandeza da glòria de Deus nao tem preço, assim como nao tem preço a salvaçao que Cristo nos dà. Nao tem dinheiro que possa comprar.

v. 18 – Toda a cidade é de ouro, e nao somente suas ruas. Um tipo de ouro tao nobre, mais do que qualquer outro jamais visto na terra.

v. 21 – A praça da cidade é de ouro puro, do mesmo quilate de toda a cidade. Todo o brilho desse ouro se contrasta com o brilho de jaspe vindo das muralhas da cidade.
O ouro representa a pureza de Deus, mas também da noiva de Deus, a igreja, sua dignidade, seu valor e seu carater exaltado.

v. 15-16 – A cidade foi medida em toda a sua extensao. Isto significa que foi totalmente consagrada a Deus. Significa o cuidado de Deus com cada partìcula da cidade.

A mediçao da cidade revelou uma caracterìstica muito estranha: era uma cidade completamente cubica. Porque a cidade tinha essa simetria perfeita?

a) No templo de Salomao, havia o lugar mais sagrado do templo, o santuario, e dentro do santuàrio uma sala ainda mais sagrada, chamada “o santo dos santos”, pois era o local onde estava guardada a Arca do Concerto, o local onde Deus manifestava Sua glòria. E aquele santuàrio dentro do templo era cubico (I Re. 6:20). Mas o templo terreno era somente uma figura do que é eterno, uma imagem, uma projeçao.
b) As 3 dimensoes iguais representam as tres pessoas de Deus, iguais em natureza e propòsitos.
c) Na cidade do amor de Deus, nada é desproporcional, nada é ao acaso, nada é desajustado, nada é exagerado. Tudo é devidamente planejado.

Outro fator evidenciado pelo autor é a dimensao da cidade. Em medidas atuais, correspoderia a 2200 km. Nao equivaleva ao tamanho real da cidade, mas é um simbolismo de que a cidade è imensamente grande, tendo lugar para todos os filhos de Deus. Ninguem que tiver direito de nela entrar ficarà de fora por falta de espaço.

Os muros da cidade:
v. 12,13, 17-18 – A cidade e toda murada tendo 12 portas ao todo, sendo 3 de cada lado. Significa que as boas vindas de Deus sao para todos. Virao salvos dos quatro cantos do mundo (Ap. 5:9)

Em cada uma das portas, havia o nome de um dos 12 patriarcas, filhos de Jacò. O que significa isto? Jesus encarnado nasceu na Judéia. Era judeu descendente de judeu. Todas as revelaçoes de Deus, dadas à sua igreja eleita foram dadas originalmente exclusivamente à naçao de Israel. Foi a partir de Israel que a igreja foi planejada e desenvolvida e que o povo de Deus foi eleito.

v. 17-18 - A idéa era de que o muro era muito alto. Corresponde a 65 metros. Alguns interpretam que esta era a largura do muro, ja que a cidade era cùbica. Nao importa a interpretaçao, porque ambas dizem uma so coisa. O muro era todo de jaspe, uma variaçao do diamante, e que é extremamente duro e resistente. Muro alto e resistente, o que significa? Significa proteçao para os que estao dentro da cidade. Segurança, tranquilidade. Deus é o perfeito refùgio dos salvos. Deus se fez de muro para impedir que os egìpcios alcançassem os judeus que haviam saido de là em direçao à terra prometida. De dia o muro era em forma de coluna de nuvem e de noite era em forma de coluna de fogo.
Se nao bastasse isto, tem ainda os anjos, um em cada porta, como guardiaes da cidade. Sua presença significa também que somente os salvos em Cristo poderao entrar na cidade, nao sendo permitida a entrada de mais ninguem.

v. 14 – O que significam os 12 fundamentos? Foi com 12 discipulos que Jesus iniciou a sua igreja. Todos esses doze discipulos foram martirizados por nao negarem o nome de Cristo. Nenum crente, de nenhum tempo, em nenhum nugar, poderà entrar na cidade do amor de Deus sem se lembrar das revelaçoes divinas que nos foram dadas por intemedio desses apostolos.

v. 19-20 – Vimos no v. 18 que todo o muro era de um so material, uma so pedra preciosa: jaspe. Porem, vemos que os seus doze fundamentos sao feitos de 12 materiais diferentes. Porque?
a) Os apòstolos constituiam uma unidade de propòsito. Mas cada apòstolo tinha uma personalidade diferente do outro. Assim, como cada pedra preciosa é unica em sua composiçao e valor, tambem cada crente é diferente para Deus e receberà nos céus, uma especìfica e ùnica medida de glòria, galardao, missao, serviço e realizaçoes, de acordo com seu merecimento, de acordo com seu nìvel de relacionamento com Deus na terra e de obediencia à Sua Palavra. È assim também na igreja, onde cada membro recebeu de Deus um dom diferente do outro, mas todos contribuiem para a uniciade do corpo de Cristo.

b) Ex. 28:1,2, 15-21 – Quando Deus tirou o povo de Israel do Egito, em direçao à Terra prometida, fez um pacto com eles, atraves de Moisés. Um acordo, uma Aliança, um Testamento. Esse Testamento era temporaneo, limitado, até que viesse um outro mediador, Cristo, para firmar um Novo Testamento, uma aliança eterna, perfeita, mas nao sò com a naça ode Israel, mas com toda a humanidade. Durante o perìodo do Antigo Testamento, um sacerdote fazia a ligaçao entre o homem e Deus. Somente o sacerdote podia entrar no santuàrio do templo, e somente ele podia representar o pecador diante de Deus. Sua vestimeta sacerdotal era cheia de simbolismos: dentre esses, etava o peitoral, o qual era uma tecido adornado de 12 pedras preciosas, em 4 filas de 3. Em cada uma dessas pedras estava escrito o nome de uma das 12 tribos de Israel. Ja em Ap cada uma das 12 pedras traz o nome de um apostòlo. Isto significa que Deus està exaltando a universalidade sacerdotal do cristao. A partir de Cristo, cada crente è um sacerdote. Nao precisa mais confessar seus pecados a um sacerdote humano porque agora ele tem livre acesso a Deus. Nao è um sacerdote humano que nos purifica do pecado, mas o proprio Cristo ressurreto. Esta è a explicaçao para o véu que protegia o santuario ter se rasgado no momento da morte de Jesus. A partir daquele instante, qualquer um que quisesse contemplar a Deus teria liberdade para faze-lo, sem medo (Ap. 2:17).

E tem mais. No AT os nomes que estavam inscritos nas pedras eram os dos patriarcas de Israel. Aqui sao os nomes dos apòstolos. Significa que a igreja passou a ser o Israel espiritual de Deus.

Nao tenho tempo para discorrer sobre a beleza do v. 21. posso so sintetizar que a perola é a unica joia que a arte humana nao consegue aprimorar. Significa que as bençaos de Deus nao poderao ser aperfeiçoadas, pois sao ja o resultado da perfeiçao natural de Deus.
As portas sao o que permite o acesso à vida e à presença de Deus. Portas perfeitas, portas sem defeito. Recordamo-nos de Cristo, o qual disse: “Eu sou a porta” (Jo. 10:9). Jesus é a unica porta de acesso a Deus.

Chegamos ao v. 22. Joao sente falta de uma coisa na cidade. De que? Do templo. Porque? 1) Porque a idéia de templo é totalmente desnecessària e impròpria naquela cidade. O templo de Jerusalém comportava a idéia de separaçao entre as pessoas. O lugar santo dos santos era somente para o sumo sacerdote; o santuàrio era somente para os levitas e sacerdotes em ministraçao, o àtrio de Israel era reservado aos homens israelitas, o àtrio das mulheres era reservado às mulheres israelitas, e por ùltimo, mais distante da presença de Deus (o santo dos santos) o àtrio dos gentios, reservado para todos os nao judeus. Mas na cidade do amor de Deus todas essas distinçoes foram removidas e todos tem livre e igual acesso a Deus.
2) O templo tambem era lugar de sacrifìcio, sem o qual nenhum judeu se sentia perdoado por Deus. Cristo é o nosso sacrifìcio, como um cordeiro que foi imolado uma vez para sempre por nossos pecados. Nao precisamos mais oferecer sacrificios, pagar promessas, nos mutilar, andar centenas de quilometros a pés descalços, subir escadarias de joelhos, carregar pedras pesadas na cabeça, etc, porque Cristo é o nosso sacrificio perfeito e eterno, o qual foi oferecido de uma vez por todas.
Em Cristo se concentra tudo o que o tempo poderia representar, por isto nao é necessario haver um templo naquela cidade. É atraves de Cristo, e nao de templos, que o homem alcança a Deus.

Nao tenho tempo para explicar porque em I Co. 6:19 Paulo diz que nòs somos o templo do Espirito Santo, mas aqui Joao diz que Deus serà o nosso templo.

v. 23 – A cidade nao precisa de qualquer iluminaçao externa, pois a luz de Cristo a iluminarà em todas as direçoes. Jesus veio à terra para ser a luz do mundo (Jo. 8:12) para iluminar a mente e o coraçao dos homens. Mas na cidade do amor de Deus, iluminarà de modo absoluto e pleno. Antes, os homens nao podiam contemplar a luz de Deus (I Tm. 6:16). Mas là, o que era impossìvel se tornarà possìvel, pois Cristo, nosso irmao mais velho, nos terà feito semelhantes a Ele em imagem e natureza.

Nao temos tempo para explicar os profundos mistérios dos v. 24 e 26. vejamos somente o v. 25
A luz de Deus e de Cristo brilha ininterruptamente. Logo, nao existirao trevas nem noite, as quais geram perigo, terror, violencia, erro e pecado. Por ser sempre dia, suas portas jamais se fecharao, em constante convite e acolhenza a todos os que entrarao por suas portas. Suas portas tambem nao se fecharao, porque nao haverao inimigos de quem se deve ter medo.

Para concluir, o v. 27 – La nao entrarà nada nem niguém impuro. Todos os descritos em Ap. 22:15 ja estarao sofrendo na eternidade do inferno. So entrarà la quem teve o seu nome escrito no livro da vida do Cordeiro de Deus.
A ilusao da satisfaçao dada pelo pecado enevoa os nossos pensamentos e engana a muitos, que caem na armadilha do que è material, terreno, mundano e passageiro.

Cristo veio a este mundo com a ùnica missao de abrir os nossos olhos espirituais e cegos para os propòsitos de Deus e reconduzir-nos de volta à casa do Pai. Com sua morte Ele nos livrou de todo o pecado e com sua ressurreiçao, garantiu-nos a vida eterna.
A cruz de Cristo é a demonstraçao suprema do infinito amor de Deus por nòs. E o livro da vida é o simbolo de sua infinita compaixao, porque contém somente nomes de ex-pecadores. Nem todos os membros de igreja serao salvos. Se voce fez uma confissao de fè e foi batizado, mas continua pensando e agindo como antes, voce ficarà de fora desta cidade. A cidade do amor de Deus.
Qual é a tua escolha?

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