SERÁ QUE A REDE GLOBO VAI MONTAR UMA IGREJA EVANGÉLICA?

*Extraìdo do blog de Valmir Ferreira dos Santos

“Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" (Gálatas 1:10b). São tantos acontecimentos no dia a dia. São tantas notícias. Steve Jobs, Dilma, Gaddafi, Cristina Kirchner, Orlando Silva e o PCdoB. São tantas histórias e estórias. Mas, nada superou a notícia da Globo em fazer um Festival Evangélico em dezembro/2011, Especial de fim de ano, gospel. Recentemente um jornalista declarou que um empresário, não evangélico, financia duas grandes revistas evangélicas que ele administra. Com o surgimento das igrejas neopentecostais o mundo empresarial tem se debruçado neste dinheiro novo, como se o Evangelho fosse um simples bom negócio... afinal todo mundo quer ganhar dinheiro. E o dinheiro novo mantém até uma grande rede de televisão... Sem dúvida sempre tivemos empresários querendo fazer negócios no meio evangélico, mas, agora é diferente. Os empresários crentes, pelo menos, se diziam evangélicos, alguns não se comportavam como, mas, faz parte, como sentenciou o filósofo do Big-Brother. Outros, chamados de executivo-primário, jogaram no lixo montanhas de dinheiro e excelentes empreendimentos do povo evangélico. Outros transformaram pequenos empreendimentos em grandes empreendimentos, mas, estes eram executivos por excelência... Mas... agora é negócio secular, simples e cru. A Globo resistiu o quanto pode, mas, quer um pedaço bom da fatura, também. Hoje já se sabe que os evangélicos vendem mais do que os outros gêneros da música. E com muito menos pirataria... O que mais preocupa é que os empresários de fora também podem montar suas igrejas-empresas. Se os pastores e bispos transformaram as igrejas em grandes negócios, por que eles não podem? Ora... pequenas igrejas, grandes negócios... É só entrar com a grana e os testas de ferro, marqueteiros travestidos de pastores.

MODERNISMOS TEOLOGICOS EM PROSPECTIVA

(PARTE II E ULTIMA DO ARTIGO: MODERNISMOS TEOLOGICOS)

(texto de Nilton Marchesini)

E assim, depois de termos feitos essa pequena retrospectiva històrica, chegamos de novo ao nosso tempo, para continuarmos o argumento proposto no inìcio deste texto. É nesse contexto que estamos circundados de tantas igrejas, tantas denominaçoes, tantos grupos, e novos surgindo a cada dia, cada um com uma novidade evangèlica, para tentar agradar aos seus fiéis e arregimentar mais membros que os outros grupos. A mania é ser megalomaniaco. Igreja Internacional disto, igreja Universal daquilo, igreja Mundial daquilo outro, e assim sucessivamente. Ter somente o tìtulo de pastor nao servia mais. Surgiram, entao, novas castas evangélicas: os bispos e os apòstolos. Nao me espanto se logo logo nao tivermos tambem os Papas evangèlicos. Muitos desses nao sao mais do que somente charlataes e mercenàrios da fè.

A mùsica evangelica merece um capìtulo a parte. Sao um dos pilares de tanto desvio da ortodoxia. Induzem a gente a assimilar seus ritmos e letras e de consequencia, a aceita-los como bìblicos, em detrimento do que ensina a Palavra de Deus. Suas letras nao instruem mais, nao edificam, e nem glorificam o nome de Deus. Sao letras que nao temos certeza se sao um louvor a Deus, ou uma declaraçao de amor a alguém que amamos. E se tem uma letra com roupagem evangélica, seu conteùdo nao passa pelo crivo da hermeneutica bìblica. Sem falar que sao uma repetiçao infindàvel de frases e estrofes que mais se assemelham a um mantra que a canticos de louvor (teremos tempo, nos pròximos nùmeros, de avaliar uma boa parte desses canticos). Mais escandaloso é a cifra milionària que esses inescrupulosos exigem para cada uma de suas performances, além de uma lista de exigencias paralelas, como hoteis de luxo, carros chiques para o transporte, nùmero de pessoas que nao pode ser pouco, e quanto mais, maior o cachè, e assim por diante.

Coisas horripilantes surgiram no seio da igreja, e muitos estao sendo enganados.

MODERNISMOS TEOLOGICOS EM RETROSPECTIVA

(PARTE I DO ARTIGO: MODERNISMOS TEOLOGICOS)

(texto de Nilton Marchesini)

Como expressao "Modernismo Teologico", nao pretendo, absolutamente, me referir ao movimento liberal catòlico ocorrido entre fins do século dezenove e inicio do século vinte, o qual, na tentativa de procurar uma conciliaçao entre a filosofia moderna e a teologia cristà, fomentaram conflitos entre a posiçao tradicional da igreja e aquela modernista, e que provocou uma reaçao de condenaçao da propria Igreja Romana, excomungando os adeptos desse movimento e impondo novas disposiçoes para o clero.

Pretendo, portanto, nesta expressao, descrever atos e fenomenos recentes dentro da Igreja Evangelica, Protestante, Pentecostal ou Reformada que seja. Sao pràticas que nao estao somente contextualizando a igreja nos passos da sociedade, mas estao, de modo nefasto e despudorado, descaracterizando a igreja da sua missao de igreja.

O Brasil està passando por um momento que muitos chamam de avivamento espiritual. Mas é tudo uma ilusao. É somente uma bolha que, como uma bolha de sabao, cedo ou tarde irà estourar e tudo vai terminar em nada.

Mas nao posso continuar a abordar este argumento sem primeiro voltar alguns séculos no tempo, para tentar explicar, de maneira simples e bem resumida, um pouco sobre como a igreja chegou aonde chegou.

No inicio havia somente a igreja do Senhor Jesus Cristo. Uma igreja que, por providencia de Deus, nao deixou resquìcios de um nome denominacional. Era uma igreja viva, operante, preocupada com a salvaçao do ser humano pecador e com a implantaçao do reino de Deus na Terra. Uma igreja cujos membros eram unidos e dispostos a darem a sua vida por amor e serviço a Jesus Cristo.

Depois de tres séculos, e tendo sido propalada por todos os meandros do Império Romano, cedeu ao convite do Imperador e aliou-se ao Império. Desde entao, recebeu o apoio polìtico, mas para isto, teve que vender sua integridade. Adotou o nome de Igreja Catòlica (que quer dizer "Universal") Apostòlica Romana, mas que da igreja apostòlica original nao preservou quase nada.