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domingo, 16 de outubro de 2011

BRASILIANO À MILANESA (NOSTALGIA EM MILAO)

poesia de Nilton Marchesini




Estou em um deserto
Sem ninguém por perto
Sinto-me só
Posso assim dizer
E não obstante
Ao sol escaldante
Que faz a terra ferver
Tem ainda o pó
Esvoaçante
Que cega meus olhos
E me impede de ver.

Estou em Babel
E o amargo fel
Do desencontro
Eu tenho sentido
Pois são tantas variações
De línguas e nações
Que por ninguém que encontro
Sou compreendido.

Estou em Milão
De monumentos tão belos
Como igrejas e castelos
E tantos mais
Estou em Milão
Cidade da moda
Onde ninguém se incomoda
Com o que o outro faz
Estou em Milão
De tantos artistas
Atrações e turistas
E homossexuais.

Babel no deserto
Multidões sem ninguém por perto
Sou apenas mais um
Entre tantos mil
E esta quizília
Não me satisfaz
Pois nenhum movimento
Ou qualquer monumento
Muda meu sentimento
De voltar ao Brasil
Para a minha família
E viver em paz.

(Milão (Itália), 09/10/03 – poesia elaborada em 20 minutos,
após 25 dias longe da família, que estava ainda no Brasil. Sao passados 8 anos, e ainda continuo em Milao, porém com toda a familia, que chegou pouco tempo depois da composiçao desta poesia)

Nilton Marchesini

Um comentário:

  1. Muito bonito (e triste!), Nilton!
    Quero ler a poesia que você fará quando retornar
    ao Brasil, após tanto tempo.
    Abraços!
    Adriano
    Cáceres-MT

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