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sábado, 29 de outubro de 2011

QUANDO UM DITADOR GOVERNA...

(Parte II)

(texto de Nilton Marchesini)

(Recomendo a leitura da parte I antes de iniciar-se a leitura desta parte II)


Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme (Provérbios 29:12)

Na parte I deste sermao, vimos os quatro primeiros tòpicos, que sao:

Quando um Ditador Governa...

1 ...O povo perde os direitos
2 ...O povo sofre opressao
3 ...O povo provoca a rebeliao
4 ...O povo se alegra com a sua morte

E nesta parte II, veremos os ùltimos dois tòpicos, que sao:

5 ...O povo reescreve a història
6 ...O povo precisa refletir

5 - ...O Povo Reescreve a Història
O que aconteceu com o rei Jeorao foi o que aconteceu também com o caso Gheddafi. Foi perseguido, assassinado, e o povo se alegrou por te-lo matado. É a història se repetindo, pois esses ditadores nao aprendem nunca.

Outro caso biblico foi o da rainha Atalia (II Cr. 23). Seu filho Acazias rei de Judà, havia sido assassinado naqueles dias, deixando o trono livre. Entao, ela assume o trono, e para nao ser deposta, manda assassinar todos os seus pròprios netos, para nao deixar descendencia real que reclamasse o trono. Mas um de seus netos, de apenas um ano de idade, foi escondido e preservado com vida e seis anos depois o coroaram rei, em rebeliao à rainha. Foi dado ordem aos soldados que retirassem a rainha do templo, onde havia se refugiado, porque nao queriam mata-la là dentro, e que matassem tambem qualquer pessoa que se dispusesse a ajuda-la. E houve alegria apòs a sua morte, pois diz a Biblia que "alegrou-se todo o povo da terra, e a cidade ficou tranquila, pois haviam matado a Atalia à espada" (v. 21).
E eu ainda poderia descrever muitos outros reis de Israel e Judà. Reis maus, ìmpios, cruèis com o seu povo e desobedientes a Deus, que levaram a naçao a perder e influencia que exercia e se tornar vassala de outras, pagando-lhes impostos e oferecendo-lhes seus cidadaos como escravos. Reis esses, que quando morreram, também nao foram lamentados pelo povo, havendo, ao invés disto, até mesmo festa. Foi o caso do rei Joàs, o qual foi assassinado pelos seus sùditos e também nao foi sepultado entre os reis (II Cr. 24:25,26); de Amazias, que morreu em uma conspiraçao de seu povo contra ele (II Cr. 25:27) e de Acaz, o qual também "nao foi sepultado entre os reis" (II Cr. 28:27).
No front oposto, a Biblia registra também o caso de reis bons e tementes a Deus, cujos reinados foram de paz e prosperidade para a naçao, e que quando morreram, foram pranteados e homenageados por todo o povo, como o rei Asa (II Cr. 16:14), a quem fizeram grandes honrarias fùnebres; o rei Ezequias, cuja morte foi pranteada por toda a naçao e cujo funeral foi coroado de superlativas honrarias reais (II Cr. 32:33); e o rei Josias, cuja morte foi lamentada por todo o povo e foi motivo de composiçoes poéticas elegìacas por todos os cantores do paìs, até mesmo pelo profeta Jeremias, que dedicou a ele uma profunda lamentaçao (II Cr. 35:25).
Mas os tiranos do poder nao seguem nunca os bons exemplos. Se inspiram nos maus, e quase sempre, terminam seu governo de maneira tràgica e abrupta. Sem precisar nos determos aos tempos biblicos, a història recente também nos presenteia com exemplos de ditadores e mortes em situaçoes muito semelhantes.
O tùnel onde Gheddafi foi encontrado nos faz lembrar a història de outros ditadores, os quais nao tiveram um fim melhor do que ele. Tomando como exemplo o mundo àrabe, que està sendo atravessado por uma onde anomala de protestos e de liberdade, podemos citar a Tunìsia, que hà oito meses provocou o impeachmant de seu presidente, o qual teve que refugiar-se em um outro paìs, para preservar a sua incolumidade. Mas capturado na Aràbia Saudita, onde estava se refugiando, foi condenado a 66 anos de prisao.
Sadam Russeim foi traìdo por um de seus homens e por isto foi encontrado em um buraco de 4 metros quadrado, onde havia vivido os ùltimos nove meses de vida, pròximo a sua cidade natal, às margens do rio Tigre, e quando capturado, teve seu corpo arrastado no pò. Foi condenado à forca.
Hitler foi encurralado em um bunker, e para nao se render, suicidou-se, nao antes, obviamente, de atirar e matar a sua pròpria familia que estava com ele ali.
Bin Laden nao foi um Ditador, mas foi um lider que semeou o terrorismo pelo mundo. Foi encontrado refugiando-se em uma caverna, e morreu fuzilado pelos soldados americanos. Suspeita-se que a descoberta de seu esconderijo tambem tenha sido uma indicaçao de seus homens.
O presidente do Egito terminou sua saga em um tribunal, quando foi acusado de homicidio e corrupçao, e està agora pagando por seus crimes em um càrcere.
Na Europa, temos o caso da Romania, onde a revolta popular depòs o tirano Ceasescu, justiciando-o, juntamente com sua mulher, pròprio no dia de natal.
O bunker de hitler, a fossa de Sadam, a caverna de Bin Laden, o tunel de Gheddafi. A estaçao final dos ditadores é uma fossa escavada na terra. Assim morrem ou perseguem a morte, os ditadores. O fim deles é quase sempre cruel, tanto quanto foram seus governos.
Me faltaria tempo e espaço para citar outros casos na història, como o de Herodes, Gengis Khan, Kublai Khan, Stalin, Mao Tsé-Tung, Somoza, Pinochet, Mussolini, Pol Pot, Sargao, Xerxes, Nero, Luis XIV, Francisco Franco, Milosevich, Imperatriz Cixi, Leopoldo II, Chiang KaI Shek, Hideki Tojo, e muitos outros que ditadores que jà morreram. Todos eles perpetraram holocaustos, torturas, censura política e religiosa, corrupção, genocídios. Todos eles, em épocas e continentes diferentes, causaram a destruição e a morte de de milhões de seres humanos, homens, mulheres e crianças, em nome de regimes totalitaristas, de ideologias políticas, de uma sede sádica de poder, confirmando o que diz a Biblia, que "Melhor é a criança pobre e sábia do que o rei velho e insensato, que não se deixa mais admoestar" (Ec. 4:13).
Infelizmente, a història nao termina aqui. Ainda hoje, dos 54 paìses que compoem a Africa, mais da metade deles tem seus presidentes hà mais de dez anos no poder, sendo mais de dez deles com os mesmos presidentes hà mais de vinte anos. Tiranos que governam paìses comumente riquìssimos de matéria prima e cujo ganhos provenientes de suas extraçoes sao divididos entre uma estreirta classe de dirigentes corruptos, quase sempre em familia. E a lista nao se limita somente à Africa, mas tem tambem a temida Coréia do Norte, um pequeno paìs, mas que tem o quarto maior exército do mundo. Para o leitor ter uma idéia, esse paìs foi o ùltimo classificado dentre os 36 que disputaram a Copa do Mundo de futebol do ano passado, mas o seu Presidente fez a notìcia chegar ao paìs como se eles tivessem perdido somente na semi-final, contra o Brasil, jà que no paìs o povo nao tem acesso a qualquer informaçao de qualquer outra parte do mundo. E ainda fora da Africa os exemplos tambem nao sao poucos, infelizmente. Tem o Myanmar, a China, e a nossa vizinha Cuba, de Fidel Castro, o qual detém o poder desde a dècada de sessenta, e que jà no fim da vida, està deixando o cargo ao seu irmao. A revoluçao popular là serà somente uma questao de tempo.

6 - ...O Povo Precisa Refletir
O fato de Gheddafi ter tido o regime mais duradouro do mundo àrabe, fez com que alguns o apelidassem de "o rei dos reis". As pessoas gostam de dar tìtulos reais às pessoas. Existe o rei do futebol, o rei do rock, o rei do gado, o rei da selva, o rei do pop, o rei do carnaval e tantos outros reis. Mas nenhuma pessoa jamais pode se apropriar do tìtulo de rei dos reis, pois esse tìtulo jà foi atribuìdo a uma outra pessoa, em quatro ocasioes, sendo duas pelo apòstolo Paulo e duas pelo apòstolo Joao, no Apocalipse.
Em I Timoteo 1:17, encontramos: "Assim, ao Rei eterno, imortal, invisivel, Deus ùnico, honra e glòria pelos séculos dos séculos, amém". E no mesmo livro, capitulo 6, versos 15 e 16, lemos: "...bendito e ùnico soberano, o Rei dos Reis e Senhor dos senhores, o ùnico que possui imortalidade, que habita em luz inacessìvel, a quem homem algum jamais viu nem é capaz de ver. A Ele, honra e poder eterno. Amém". Em Apocalipse 17:14 lemos: “Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis”.
É nisto que o povo precisa refletir. Nao somente o povo que està vivendo sob um regime ditatorial. Todos os povos da Terra precisam saber que Jesus Cristo é Rei. Rei legìtimo porque é eterno, como filho de Deus (Isaias 9:7; Lucas 1:32,33; Atos 2:33-36). Rei legìtimo porque descendia da estirpe real de Davi, e era herdeiro do trono. Rei legìtimo porque muitas profecias foram feitas sobre ele, como sendo o rei que haveria de vir para reger com o cetro da justiça e da equidade. Rei legìtimo porque todas as profecias sobre sua realeza se cumpriram literalmente.
Mas o seu reino nao se limitava somente aos dias e ao contexto de Israel. É por isto que Ele é o Rei dos Reis. Porque o seu reinado se estende a todos os povos e em todas as épocas. É um reino universal.
Jesus não domina apenas os servos fiéis; Ele é o Soberano dos reis humanos (Daniel 4:32). Ele governa os governantes, incluindo aqueles que sao déspotas e ditadores.
A Bíblia afirma que Jesus é o Soberano dos reis da terra. Pedro diz que os poderes estão sujeitos a Jesus (I Pedro 3.22). Paulo diz que todas as coisas já foram colocadas debaixo dos pés de Jesus (Efésios 1.22-23). A autoridade absoluta de Cristo hoje é reconhecida somente pelos crentes, mas quando Ele voltar em glória e poder, todos irão reconhecer que Ele é Deus filho, o Todo Poderoso (Daniel 4:25; 2.34; Efésios 1:20-22, Filipenses 2:9-11; II Timóteo 4:18; II Pedro 1:11).
Ele, no princìpio, estava com Deus e era Deus. Mas do céu, viu que nenhum ser humano seria capaz de obter a salvaçao por qualquer que fosse o meio, seja boas obras, voto de pobreza, castidade, oraçoes, ou outro que fosse. Entao, de comum acordo com o Pai Celestial, decidiu abrir mao da sua glòria celestial e de toda a majestade divina que era Sua como soberano governador do universo, ter assumido a natureza humana na forma de servo, tendo se encarnado e se humilhado ao nascimento e vida em forma humana, tornando-se um de nòs, com os mesmos elementos de carne e sangue, para nos abrir o caminho para o céu. Viveu sem pecado, mas fez-se pecado por nòs, assumindo na cruz os nossos pecados, e livrando-nos do castigo da culpa eterna. Morreu, mas a morte nao o pode deter, pois ao terceiro dia, Deus O ressuscitou em poder e glòria. Ele voltou ao céu e hoje està assentado à direita de Deus, e um dia voltarà para levar consigo ao céu todos aqueles que no decorrer dos tempos O aceitaram como Senhor e Rei de suas vidas, mas tambem para condenar à eternidade todos os que O ignoraram ou deliberadamente O rejeitaram.
Cristo impera sobre nós, não só por direito de natureza, mas também por direito de conquista, adquirido a custo da redenção, já que com seu precioso sangue, como Cordeiro Imaculado e sem mancha, fomos redimidos do pecado. Não somos, pois, já nossos, posto que Cristo nos comprou por grande preço; até nossos próprios corpos são membros de Jesus Cristo.
Cristo é o sumo exemplo de um rei que deixou saudades. Sua vida nesta terra durou apenas trinta e tres anos, mas ele marcou tanto a vida das pessoas, que mais de dois mil anos depois de sua morte, milhoes de pessoas no munto todo, eu inclusive, o amam e o seguem, sem jamais te-lo conhecido fisicamente. Muitos séculos antes de seu nascimento, Isaias jà havia profetizado: "Do aumento de seu governo e paz nao haverà fim. Reinarà sobre o trono de Davi e sobre o o seu reino, para estabelecer e fortificar em retidao e justiça, desde agora e para sempre..." (Is. 9:7). Além de outros profetas do Antigo Testamento, também Daniel, mais de cinco séculos antes do nascimento de Cristo, havia profetizado: "Mas nos dias desses reis, o Deus do céu levantarà um reino que nao serà jamais destruìdo. Esse reino nao passarà a outro povo, mas esmiuçarà e consumirà todos esses reinos, e serà estabelecido para sempre" (Dn. 2:44).
Quando Jesus nasceu, os magos que vieram do oriente para visita-lo, trouxeram-lhe presentes que eram reservados exclusivamente aos reis (Mateus 2), e Joao Batista, o precursor de Jesus, anunciava que o reino de Deus era chegado (Mateus 3). Mas existem evidencias bìblicas de Jesus mesmo atribuindo a si a autoridade real, como por exemplo:
- A primeira mensagem pregada por Jesus foi: "é chegado o reino dos Céus" (Mateus 4:17);
- Em Mt 12:28 Jesus fala que é chegado o Reino que remove as pessoas do poder dos demônios. O apostolo Paulo amplia esse argumento:"Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Col. 1:13)
- Em seu último discurso ao povo, ao falar do galardao aos justos e das penas reservadas perpetuamente aos maus (Mateus 25:31-33);
- Ao responder ao governador romano que publicamente lhe perguntava se era Rei (Mateus 27:11);
- Depois de sua ressurreição, ao encomendar aos apóstolos o encargo de ensinar e batizar a todas as pessoas, publicamente confirmou que é Rei, e solenemente declarou que lhe foi dado todo poder no céu e na terra (Mt. 28:18);
- Jesus mesmo disse que já recebeu esta autoridade do Pai (Apocalipse 2.27-28);
A palavra Messias tem relação com o Reino de Jesus. Messias significa “ungido” em hebraico, o mesmo que "Cristo", em grego. Todo rei ou sacerdote de Israel carecida de ser ungido. Jesus é o Rei dos Reis, Ungido pelo próprio Deus Eterno. Os soldados zombaram ao castigarem o Senhor, colocando nele roupas reais, coroa de espinhos e um falso cetro (Mt 27:28-31). Sobre a cruz onde Jesus foi sacrificado foi escrita sua acusação: Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus. Era uma frase sarcàstica, mas que exprimia uma realidade insofismàvel.
Os judeus esperavam o rei que havia sido prometido há muitos séculos pelos profetas, acreditando que esse rei, o Messias (nome hebraico, cuja traduçao em grego é "Cristo" e cujo significado é "Ungido”) fosse desembainhar uma espada e lutar contra a opressao romana em seu paìs, salvando-os de seus opressores romanos e estabelecendo um novo reino. Como Rei, ele governaria o mundo com justiça e retidao. Talvez tenha sido esta uma das motivaçoes de Judas ao traìr Jesus, pois pensava em acelerar o processo de rebeliao da parte de Jesus. Nao havia entendido que o reino de Cristo nao é deste mundo. Pela mesma razao de esperarem esse rei conquistador e nacionalista, muitos judeus olharam com indiferença para as profecias que falavam de um Rei, servo do Senhor, que sofreria, seria rejeitado e morto. De consequencia, poucos reconheceram Jesus como Messias. Como o pobre e humilde filho de um carpinteiro de Nazaré poderia ser o rei prometido? O resultado foi que Jesus foi rejeitado pela naçao de Israel. Foi preso, condenado e crucificado. Mas, Jesus mostrou seu poder até sobre a morte, por meio da sua ressurreição, abrindo-nos a porta do seu reino espiritual. Não foi o primeiro a ser ressuscitado, mas ele tem primazia sobre todos (Colossenses 1.18).
O reino de Cristo nao é visìvel. O reino de Cristo nao està em torno a nòs, mas dentro de nòs. Nao é um reino fìsico e geogràfico. Por isto Jesus se recusou a ser aclamado rei pela multidão, (Jo 6:15). É um reino espiritual, e para se entrar nesse reino, Cristo mesmo estabeleceu a condiçao essencial: "Em verdade, em verdade, te digo que quem nao nascer de novo, nao pode ver o reino de Deus" (Joao 3:3). Nascer de novo, significa deixar o Espirito Santo de Deus nos conduzir a Cristo. Significa reconhecer a soberania de Cristo em nossa vida. Graças a Cristo, nós já nos tornamos cidadãos desse Reino, e Cristo tem se tornado Nosso Senhor e Rei. Jesus Cristo voltará a esta terra como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Pelo que podemos viver com alegria e muita esperança no seu regresso para reinar eternamente com o Rei absoluto. Eu jà fiz a minha escolha. Agora é a tua vez de escolher. Reflita.

Nilton Marchesini

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